sábado, julho 29, 2006

 

Nossa mudança diante de Deus

O NOSSO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DIANTE DE DEUS 1 Pedro 1.14-15. Se não devemos nos amoldar às paixões antigas, a que ou a quem devemos nos amoldar? Com certeza cada um de nós está se amoldando a alguma coisa ou a alguém. Na verdade Pedro está dizendo que a natureza humana é maleável. É própria a ilustração do barro. Ele não é algo sólido, pode ser moldado pelo oleiro, que lhe dá forma que bem lhe agrade. Depois de secar e ser cozido ele se torna sólido. Não mais está sujeito a mudanças. O único modo pelo qual ele pode sofrer qualquer alteração é pela destruição. Quando Pedro diz "não vos amoldeis", isso é uma indicação de que nós ainda estamos passando pelo processo de cozimento em nossa natureza. Quando dizemos que uma pessoa está endurecida, insensível, irrecuperável estamos dizendo que todas as possibilidades que temos e toda a nossa capacidade de influir não terão efeito em sua vida. Mas, na verdade, ninguém está realmente imune a mudanças, enquanto estiver vivo e consciente. Damos graças a Deus por tal possibilidade, até mesmo para aqueles que já teriam sido descartados por nós. Não há pecador no mundo que tenha que permanecer como está. Enquanto houver vida, ninguém chegou ao fim. Não importa quem seja, onde esteja, nem a idade, a pessoa ainda não é um produto acabado. Ela é um ser humano, e nada nela é imutável até o dia em que a sua alma deixar o seu corpo. Até lá ela sofrerá mudanças. Mas será que a nossa conversão a Cristo e a convicção de que fomos perdoados significam que a maleabilidade da nossa natureza se foi e que agora finalmente estamos "sólidos"? Ainda estamos sujeitos a sermos mudados e moldados. Deus espera que cresçamos e que desenvolvamos à maturidade de Cristo (Ef 4.12-13). Outra questão é que devemos obedecer positivamente a ordem dada. É claro que é Deus quem nos molda. Mas no reino de Deus há outros poderes que podem nos amoldar. Nós nos amoldamos ao nos expormos aos poderes de Deus. Uma pessoa pode estar sempre coberta de forma a nunca se bronzear, muito embora o sol esteja forte e à vista. Da mesma forma, nós os crentes, podemos nos manter cobertos com a nossa teimosia e nunca recebermos as graças benéficas que descem do trono de Deus. (Hb 5.11-13). O lado reverso desta proposta tem de ser também considerado. É possível que crentes sejam moldados por influências erradas. Paulo diz que forças atuaram no passado em nós, mas agora viemos ao Salvador e encontramos nele um local de repouso. Portanto, somos encorajados a deixar para trás aquelas velhas influências. Nunca mais devemos nos expor a elas (Ef 2.1-3). Na linha dessas influências, Paulo apela a todos nós para que nos transformemos. Nós não temos uma vida apenas para ser preservada, mas para expô-la continuamente através do processo de transformação e crescimento diante de Deus (Rm 12.2; 2 Pe 3.17-18). Portanto, não vamos naquele grande e último dia de acerto de contas ter que se postar diante do trono de Deus e confessar com vergonha que nós permitimos que coisas sem valor tenham moldado nossas vidas.





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